Alta Defensivos anuncia mudanças na estrutura executiva
Daniel D’Andrea assume o cargo de diretor executivo, enquanto Paulo Alves a a se dedicar à liderança do grupo Agrihold
Na atualização de junho, a StoneX, empresa global de serviços financeiros, realizou ajustes pontuais em sua projeção para a safra de trigo brasileira 2025/26. A nova estimativa aponta para uma produção de 7,69 milhões de toneladas, o que representa um recuo de 2,7% em relação ao que se esperava no último mês.
De acordo com o consultor em Gerenciamento de Riscos na StoneX, Jonathan Pinheiro (na foto), o cenário recente indica menor propensão dos agricultores a investir no trigo como cultura de inverno nesta temporada, principalmente nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul — principais responsáveis pela produção nacional.
“Nesse sentido, a área destinada à cultura no Paraná é estimada agora em 905 mil hectares, enquanto no Rio Grande do Sul está em torno de 1,1 milhão de hectares. Devido ao corte na área semeada, a expectativa é de que a produção no Paraná caia 2,2% e, no Rio Grande do Sul, 4,3% no comparativo mensal”, explica Pinheiro.
Apesar desta nova revisão, há uma perspectiva de crescimento para a produção em comparação ao ciclo produtivo 2024/25.
No recorte de oferta e demanda, a StoneX observa uma diminuição da disponibilidade de trigo no mercado interno, devido ao corte nas estimativas de produção, ainda sem uma contrapartida do lado das importações.
Por outro lado, conforme o plantio avança, não tem sido observado um progresso na comercialização de sementes no mesmo ritmo. “Acredita-se que, em grande parte, a demanda de sementes esteja sendo suprida por estoques salvos previamente para esta finalidade. No entanto, não é descartada a possibilidade de desistência do plantio por uma parte dos produtores, o que justificaria os números inferiores para a área e produção nesta safra”, salienta Pinheiro.
Diante desse cenário, espera-se uma retração significativa nos estoques finais do trigo no país e, consequentemente, na relação estoque/uso. Em números, os estoques finais são agora estimados em 255 mil toneladas, uma redução de 44,3% em relação ao que se esperava na última edição deste relatório, e de 38,1% em relação à safra 2024/25.
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